Gestão de crise nas empresas: Por que não percebem os sinais iminentes da chegada de uma crise?
No dia a dia de uma gestão de crise nas empresas, nem sempre é possível identificar a chegada de alguma crise: um consumidor insatisfeito, uma declaração numa entrevista colocada fora de contexto, uma atitude de um colaborador que não condiz com as diretrizes da organização. Mas assim como a pandemia do novo coronavírus já se anunciava e crescia na China desde o final de 2019, pesquisas mostram que normalmente não existe a falta da informação prévia sobre a crise, apenas a falta de ação.
Com informações de entrevistas realizadas com banqueiros e consultores financeiros durante a crise bancária irlandesa, um estudo recente da HEC Paris Business School e da University College Dublin mostra que, diferentemente de não perceber os sinais de chegada da crise, os gestores apenas não os viam com a importância devida, subestimando-os ou até otimizando sua presença.
Como o risco e a crise estão associados com a nossa memória, caso a pessoa nunca tenha vivenciado essas situações também poderá ignorá-las por não conseguir identificá-las. Outra possibilidade tem a ver com a cultura organizacional: empresas que focam nas questões de curto prazo sobre às de longo prazo, assim como as que desencorajam “informações indesejadas”, perdem os sinais com mais frequência. Isso acaba fazendo com que a marca perca o ‘timing’ da resposta e, quando ela chega, já é tarde.
Mas os pesquisadores dizem que é possível reverter a situação com três passos que ajudam gestores e organizações a identificar e responder mais rápido aos sinais de crise.
Aprenda a identificar as distrações para uma Crise
Companhias e gestores devem aprender a reconhecer o que os distrai de perceber os sinais. Resista à tentação de priorizar sempre as tarefas diárias sobre às de longo prazo.
Rastreie as tendências
Já falamos sobre a importância de se ter um comitê de crise sempre em atividade. É importante estar sempre atento às questões ocorrendo no mundo e manter uma lista para a simulação de cenários.
Pense mais no impacto do que na probabilidade
Durante a etapa final, é fundamental que a possibilidade da crise saia do mental e seja levada para o prático. Nesse momento, o gestor deve parar de pensar no “Se algo ocorrer” e comece a avaliar o “Quão grande a proporção pode alcançar”. Desta forma, poderá definir quais ações serão tomadas caso algo de fato venha a ocorrer a crise.
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