Redução de risco de desastres: qual a importância do monitoramento de riscos?

Estudo do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres e da Organização Meteorológica Mundial aponta que 50% dos países no mundo não possuem sistemas de alerta precoce para desastres naturais. Além disso, os países com cobertura limitada de alerta precoce têm mortalidade oito vezes maior.

Com o objetivo de contribuir para um melhor entendimento do que é redução de risco de desastres, dados de países protegidos por alertas para catástrofes naturais e a importância do monitoramento constante de riscos, preparamos esse conteúdo para você. Continue a leitura! 

13 de outubro de 1989

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1989, o dia 13 de outubro celebra o Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres, com o propósito de promover uma cultura focada na prevenção e redução de riscos de desastres pelo mundo.

O que é redução de risco de desastres?

Os desastres são os resultados de eventos que podem ser produzidos pela natureza – com evolução rápida como no caso de furacões e terremotos, ou ter uma evolução gradual como no caso de ausência de chuvas, ou pelo homem como desmatamento, guerras, incêndios industriais e contaminação de rios.

A redução de risco de desastres (em inglês Disaster Risk Reduction – DRR) busca identificar os riscos e reduzir as vulnerabilidades socioeconômicas que surgem com os desastres e catástrofes. 

Países protegidos por alertas para catástrofes naturais

De acordo com o relatório do Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicado em 2022, metade dos países do mundo não contam com sistemas de alerta precoce para desastres naturais. 

Outra informação importante do relatório, é que menos da metade dos países menos desenvolvidos e um terço dos Pequenos Estados insulares em desenvolvimento contam com um sistema de alerta precoce de múltiplos riscos – os países insulares são territórios independentes formados por uma ou mais ilhas. Ou seja, eles não possuem fronteiras terrestres como, por exemplo: Ilha de Madagascar, localizada no continente africano.

Na América do Sul, foram registrados 943 desastres relacionados a eventos climáticos e hídricos. Cerca de 61% deles foram inundações, e os desastres causaram 58.484 mortes e US$ 115,2 bilhões em perdas econômicas, segundo dados da OMM.

Áreas de riscos de desastres no Brasil

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), aponta que 8,2 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco. Ainda de acordo com o Cemaden, em 825 municípios brasileiros são 27.660 áreas de risco, sendo a maioria localizadas nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste.

Monitoramento na redução de risco de desastres 

O monitoramento é indispensável para o fornecimento de estimativas antecipadas dos riscos potenciais aos quais estão expostos as pessoas, economia e meio ambiente. Este é um campo multidisciplinar que requer a atuação, responsabilidade e organização dos profissionais. 

Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realiza o monitoramento das ameaças e impactos naturais em áreas de riscos em municípios brasileiros suscetíveis à ocorrência de desastres naturais. Além de realizar pesquisas e inovações tecnológicas que contribuem na melhoria do seu sistema de alerta antecipado em todo o país.

5 etapas principais na gestão de riscos e desastres 

São cinco etapas principais da Gestão de Riscos e Desastres (GRD), sendo a prevenção, mitigação e preparação ligadas à gestão de riscos, e a resposta e reconstrução adotadas na gestão de desastres. 

• Prevenção – conjunto de ações para atuar na mitigação das ameaças e riscos, buscando minimizar os prejuízos socioeconômicos e os danos humanos, materiais e ambientais.

• Mitigação – redução ou limitação dos impactos adversos das ameaças e dos desastres.

• Preparação – uso da inteligência para planejar as ações de resposta aos riscos não mitigados ou desconhecidos.

• Resposta –  se traduz na adoção de medidas assertivas de socorro, mobilização eficiente das equipes envolvidas, assistência às populações vitimadas e reabilitação do local  do desastre.

• Recuperação – exploração de mecanismos que irão garantir a recuperação rápida dos elementos críticos com o menor impacto ao negócio.

A prevenção é a melhor forma de segurança 

Não apenas no dia 13 de outubro, mas em todos os próximos que virão – devemos refletir e estar preparados para enfrentar eventos inesperados gerados pela natureza ou pelo homem. 

Para que as medidas de prevenção apresentem resultados positivos é preciso desenvolver um bom gerenciamento de risco detalhando as principais ameaças, vulnerabilidades, recursos e necessidades imediatas.

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