Retrospectiva 10 crises empresariais que repercutiram no ano de 2023

Em 2023, várias crises empresariais impactaram empresas brasileiras. Algumas dessas crises incluíram inconsistências contábeis, trabalho análogo à escravidão, publicidade com repercussão negativa, imagem empresarial, danos ambientais e sociais, descumprimento de obrigações fiscais e financeiras e má gestão.

Muitas empresas tiveram que lidar com a pressão pública, perda de confiança dos consumidores e investidores, além de impactos significativos em suas operações. Para relembrar dez casos notórios que estiveram presentes na mídia e redes sociais, a WePlanBefore elaborou o Relatório 10 crises empresariais que repercutiram no ano de 2023.

Por isso, continue a leitura para entender melhor sobre os casos, as lições aprendidas e como é possível se estruturar para a prevenção e preparação em relação a elas. 

10 crises empresariais em 2023

  • Americanas: inconsistências contábeis e a recuperação judicial 

A companhia foi o centro das notícias em janeiro deste ano, quando o ex-CEO, Sérgio Rial, divulgou inconsistências em lançamentos contábeis que aconteceram por vários anos e uma dívida real de aproximadamente R$43 bilhões. A companhia está em processo de recuperação judicial.

  • Trabalho escravo e preconceito nas vinícolas no Rio Grande do Sul 

    Mais de 200 trabalhadores foram resgatados de um alojamento em que eram submetidos a condições degradantes e ao trabalho análogo à escravidão. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) suspendeu a participação das vinícolas das atividades junto à agência, o que inclui feiras internacionais, missões comerciais e eventos promocionais. Além disso, as vinícolas tiveram que pagar indenizações e destinação a entidades e fundos definidos pelo Ministério Público do Trabalho.

  • Grupo Petrópolis e a saga da recuperação judicial

    Atualmente, a empresa acumula uma dívida na casa dos R$ 5,6 bilhões com continuidade das operações. O grupo entrou com duas propostas de plano de recuperação judicial. A homologação do plano de recuperação judicial aconteceu no final do mês de outubro.

  • T4F e a acusação de trabalho análogo à escravidão

    A Time For Fun (TF4), empresa organizadora do festival Lollapalooza 2023, foi acusada de trabalho análogo à escravidão. Cinco funcionários terceirizados da empresa Yellow Stripe (YS), que operava os bares do festival, estavam dormindo entre fardos de bebidas dentro do local do evento.  A TF4 e a YS foram notificadas pelo Ministério Público do Trabalho e o processo ainda não foi encerrado.

  • PPK da Claudia e as opiniões divergentes nas redes sociais

    Uma mascote em formato de vagina, a PPK da Claudia, no papel de influenciadora digital, dividiu opiniões nas redes sociais. O perfil acabou sendo apagado e ainda não se sabe o motivo da suspensão da conta.

  • Volkswagen e uso da imagem de Elis Regina

    Em julho, com o uso de inteligência artificial, a empresa uniu Elis Regina, morta em 1982, e sua filha Maria Rita, para uma campanha. Em 24 horas, foi o assunto mais comentado no Brasil, mas redes sociais e a maior trend da empresa no mundo. A repercussão nas redes sociais foi de questionamento sobre a ética em reviver pessoas por meio da técnica “deepfake” para uso em publicidade.

  • 123 milhas e a crise financeira  

    A empresa mineira foi um dos assuntos mais comentados do Brasil devido a uma crise que afetou milhares de clientes e envolveu bilhões de reais. Como consequência do caso, a Defensoria Pública de Minas Gerais entrou com uma ação contra a empresa exigindo que os clientes prejudicados sejam indenizados por danos morais coletivos, e o patrimônio dos próprios sócios foi colocado à disposição da Justiça.

  • Incêndio em fábrica da Cacau Show 

    Um grande incêndio que atingiu a fábrica da Cacau Show, em Linhares, no Espírito Santo. Havia 90 funcionários presentes na hora do fogo e, felizmente, todos conseguiram deixar o local em segurança. Vinte dias após o acidente, a operação foi reiniciada na fábrica.

  • Itaú x Inter: as críticas à nova marca 

    Em dezembro, o Banco Itaú substituiu a marca usada em sua comunicação desde os anos 90, onde apresentou uma marca praticamente igual ao logo do Banco Inter.

  • Braskem e o crime ambiental em Maceió 

    A abertura de uma cratera de 300 metros de diâmetro, consequência do colapso da Mina 18, uma das muitas exploradas pela Braskem na extração de sal-gema, aumentou a repercussão sobre o desastre ambiental que a extração desse minério provocou em Maceió, capital de Alagoas.

O que aprendemos com essas crises? 

  1. Reputação em risco: práticas diferentes do que se apresenta nos discursos e na publicidade comprometem o ativo mais valioso das organizações, a sua reputação.

  2. Preparo para enfrentar adversidades: a inexistência da cultura de gestão de crise deixa a empresa despreparada para enfrentar adversidades de quaisquer espécies. Isso se traduz em prevenção, preparação, resposta e recuperação, vetores básicos de planejamento, monitoramento de riscos, fluxos de acionamentos bem definidos, resposta aos mais diferentes cenários. 
  1. Porta-vozes treinados podem proteger a reputação: a falta de informações necessárias pode levar o porta-voz a transmitir informações posteriormente contraditadas, comprometendo ainda mais a reputação da organização.
  1. Saber gerenciar crises nas redes sociais: fizemos um estudo amplo sobre crises nas redes sociais, que aponta, de forma significativa, que a maioria das empresas não tem preparo para lidar com crises nas redes sociais.
  1. Verdade e clareza: duas virtudes necessárias que exigem estar preparado para não levar a organização e seus representantes a darem informações e respostas que não possuam suporte real na situação enfrentada.

    Para conhecer outras lições aprendidas com essas crises empresariais, leia o nosso Relatório 10 crises empresariais que repercutiram no ano de 2023.

Desenvolva um plano de gerenciamento de crises na sua empresa

A gestão de crise tornou-se ainda mais crucial em meio a esses desafios, com empresas buscando formas de se adaptar rapidamente, comunicar-se de forma eficaz, tomar medidas para proteger suas operações e reputação e estarem mais preparadas para lidar com futuros desafios empresariais.

A WePlanBefore é expert em gestão de crises e na elaboração de planos de gerenciamento de crises, inclusive nas redes sociais, orientando as empresas para identificar, dimensionar e tratar as consequências da crise para acelerar a recuperação e preservar a reputação da marca.

Se você deseja saber como podemos ajudar a sua empresa, entre em contato com nossos especialistas.