A cultura da gestão de crises no Brasil: Nova perspectiva pós-pandemia

O assunto Gestão de Crise no Brasil é algo relativamente novo, tanto que existem poucos livros sobre o assunto e os que têm são segmentados. Podemos considerar que esse tema está em vigor apenas há 20 anos, mas que foi a pandemia que fez com que ele ficasse mais evidente. Afinal, estamos vivendo uma crise grave que atingiu todos os setores. 

A WePlanBefore debateu esse tema com um dos pioneiros a trazer o assunto gestão de crise para o país: Prof. João José Forni, na live exibida dia 1º de julho. Para ele, “o Brasil descobriu que esse assunto era algo necessário a partir de crises que aconteceram em muitas empresas, destaque para a crise da Petrobrás em 2002/2003 que fez as empresas começarem a se preocupar e se preparar”. 

gestão de crises

A crise é o grande momento do líder

Um dos principais problemas que se vê ao abordar o tema é no entendimento de que nem todo problema é uma crise. Por isso, é necessário saber separar um do outro e entender a dimensão, mas não só isso. A seleção de um porta-voz é um detalhe extremamente importante. É ele quem transmitirá as informações para o público. “Dependendo de quem for selecionado para falar, pode salvar ou afundar a instituição”. afirma Forni. 

Segundo o professor Forni, “uma empresa não vai contornar bem uma crise, se ela não escolher a melhor pessoa para administrar. Nem sempre o presidente da empresa é o mais indicado, porque a presença dele pode definir o tamanho da crise. A escolha de um porta-voz e do substituto não pode ser feita aleatoriamente, é necessário selecionar a pessoa certa e que saiba falar, além de ter um planejamento para saber a hora correta de fazer determinado posicionamento”.

Uma empresa em crise não pode demorar para se posicionar

Com a forte presença da internet e das redes sociais, todas as empresas precisam estar conectadas. Como diz a CEO da WePlanBefore, Patrícia B. Teixeira, autora do livro Caiu na Rede. E agora? Gestão de Crise, “você precisa estar onde o seu público está. Não é necessário estar em todas as redes sociais, é preciso estar em uma que combine com a sua marca”. 

Toda organização tem um compromisso com a sociedade. Por isso, quando estão em crise não podem tentar resolver o problema internamente, é preciso contar para o seu público o que está acontecendo. Forni faz questão de ressaltar que “toda empresa que está passando por uma crise deve satisfação para a sociedade. E isso não é um favor, é uma obrigação”.

Era da Verdade: Gestão de Crise nas Redes Sociais

Mesmo que ainda não tenha muitas informações sobre a crise que está sendo enfrentada, o posicionamento precisa ser feito e pode acontecer por meio da mídia ou utilizando as redes sociais. Por isso, há necessidade de estar presente nesse ambiente e mantê-lo sempre ativo, pois é o principal local em que as pessoas vão buscar por informações. “Se você não está nas redes sociais, o público o colocará independente ou não de sua vontade”, afirma Patrícia. 

O atual cenário pode ser considerado como a Era da “‘verdade escancarada”. Então, não se pode deixar as pessoas no escuro. “Nós precisamos ser transparentes, e isso emergiu durante a pandemia. Estamos dependendo de comunicação para sairmos de casa ou não. Quando há um ruído na forma de se comunicar, as pessoas entram em pânico. Falha na comunicação é igual a um mau posicionamento que gera o pânico em todos”. 
Expor a verdade é uma forma de combater as tão presentes fake news. Dessa forma, fazer uma gestão de risco evita o surgimento de problemas que merecem uma atenção maior. Como diz Forni, “a empresa que tem uma boa gestão de risco evita muitas crises”.

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