Outubro Rosa: da informação a identificação de riscos para salvar vidas

A campanha do Outubro Rosa é um belo exemplo de como a divulgação de informações sobre o câncer de mama, a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença elevam em 95% a chance de cura.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil novos casos de câncer de mama podem ser registrados em 2023, o que significa que a detecção precoce da doença pode salvar milhares de vidas.

Para contribuir na identificação dos riscos e incentivar a realização de exames anualmente, explicamos os sintomas do câncer de mama, números de casos no mundo e Brasil, a importância de reconhecer os sinais e riscos da doença que têm alto índice de cura quando detectada precocemente. Continue a leitura! 

O câncer de mama

Câncer de mama é o tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo mundo com milhares de novos casos diagnosticados todos os anos. É o que mais mata no Brasil. A detecção, na maioria das vezes, pode ser feita pela própria paciente, por meio do autoexame e com os primeiros sinais da doença.

No entanto, muitas mulheres ainda não tem informações seguras sobre os principais sinais e sintomas da doença que são: caroço (nódulo), na maioria dos casos endurecido, fixo e indolor, pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. O aparecimento de pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas também pode indicar a presença da doença.

Milhares de casos descobertos a cada ano 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que são registrados cerca de 2,3 milhões de casos de câncer de mama todos os anos no mundo. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 17,5 mil mulheres e mais de 200 homens morrem de câncer de mama no Brasil todos os anos – pelo menos 48 pessoas morrem diariamente pela doença.  

A doença é responsável pelo primeiro lugar em mortalidade por câncer entre as mulheres no país. Pelo histórico das ocorrências, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) calcula que mais de 73 mil mulheres, vítimas do câncer de mama, poderão enfrentar a doença em 2023. 

Já os homens também podem desenvolver o câncer de mama, mas a incidência nesse grupo representa cerca de 1% de todos os casos da doença – nessa população, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões do país ficando atrás do câncer de pele não melanoma.

Identificando os fatores de risco

Segundo o Ministério da Saúde, diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama entre as mulheres, como: histórico familiar da doença, envelhecimento, obesidade e sobrepeso, falta de atividade física, consumo de álcool, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais, entre outros fatores. 

Informação e prevenção salvam vidas 

Infelizmente, muitas mulheres ainda não têm informações seguras sobre os sinais e riscos que devem ser observados no câncer de mama e onde buscar ajuda. Por isso, entender os fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença e a importância da realização de exames para detecção precoce da doença reduzem a espera entre o diagnóstico e o início do tratamento em 95% da chance de cura de acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA).

Vale informar que o Outubro Rosa aumenta em até 39% o número de mamografias, um exame de imagem que fornece imagens detalhadas capazes de identificar precocemente a doença, realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo um estudo publicado na revista Public Health Practice. 

Um convite ao cuidado com a saúde 

A prevenção contra o câncer de mama pode iniciar através de pequenos hábitos diários, como praticar atividade física, adotar uma alimentação mais saudável e manter o peso corporal adequado.

Disseminar informação segura e confiável sobre a saúde das mamas, a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença com apoio profissional são fatores indispensáveis para salvar vidas de mulheres de qualquer idade em todos os lugares do mundo. 

Que tal fazer a diferença na vida de mulheres na prevenção contra o câncer de mama? Que não apenas este mês mas os próximos que virão sejam um ponto de partida para cuidar da saúde todos os dias e continuar trabalhando com campanhas, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença. Afinal, estamos todos juntos nessa jornada!