Lições do 11 de Setembro para a Gestão de Crises e Planos de Continuidade de Negócios

O dia 11 de setembro de 2001 é marcado pelo maior atentado terrorista com o maior número de mortes da história, que foi filmado e transmitido ao vivo ao mundo. Tragédia com desdobramentos sentidos ao longo dos últimos anos, demonstra a importância da preparação e da gestão de crises e emergência nos negócios. 

A história desse ataque e as lições aprendidas para a continuidade de negócios e a gestão de crises foram lembradas a seguir. Vamos conferir? 

Relembre o ataque do dia 11 de Setembro

Há exatamente 22 anos atrás, os Estados Unidos foram atacados por quatro aviões comerciais norte-americanos que foram sequestrados por dezenove integrantes do grupo terrorista Al-Qaeda – alguns moravam no país há mais de um ano e outros entraram alguns meses antes do ataque. 

Dois dos aviões sequestrados chocaram em um dos mais importantes edifícios do país: as Torres Gêmeas, localizadas no grande complexo comercial World Trade Center, na ilha de Manhattan, em Nova Iorque. 

O terceiro avião colidiu com um dos setores do Pentágono, a sede do Departamento de Defesa do país, e o quarto avião tinha como alvo o Capitólio, centro legislativo. No entanto, esse último avião caiu em um bosque na Pensilvânia antes de alcançar o prédio. 

Ao todo, 2.996 pessoas foram mortas nos ataques, além dos 19 sequestradores dos aviões. Não houve sobreviventes em nenhum dos quatro voos. Todas as mortes ocorridas foram de civis, exceto de 55 militares atingidos no Pentágono. 

Medidas imediatas de segurança em 11 de setembro

Sabe-se que imediatamente após o ataque, em 11 de setembro, a agência de aviação federal dos Estados Unidos: Federal Aviation Administration (FAA), exigiu que mais de 4 mil aeronaves comerciais nos Estados Unidos aterrisassem imediatamente na pista mais próxima. Outro detalhe é que os voos comerciais permaneceram suspensos no país por três dias. 

Todas as normas de segurança passaram por análises e alterações com a adoção de medidas mais rigorosas e a introdução de normas extras, como por exemplo:  a proibição de entrada com líquidos na bagagem de mão (acima de 100 ml). Além disso, os aeroportos de todo país adotaram o uso de detectores de metal,  explosivos e até scanners corporais. Medidas que são válidas até os dias de hoje em aeroportos ao redor do mundo. 

Aprendizados de Gestão de Crises e Planos de Continuidade de Negócios

1 – Preparação da Liderança

Um passo importante é formar e treinar uma equipe de líderes para atuar sobre riscos improváveis e fortalecer a comunicação entre a equipe durante e após a crise para que a resposta seja mais eficaz e produtiva.

2- Planos de Continuidade de Negócios (BCP)

O ataque de 11 de setembro demonstrou a necessidade urgente de BCP sólidos. Ter planos claros para manter operações essenciais e ativos para a continuidade dessas operações em curto prazo, após decorridos incidentes estruturais ou de segurança.

3 – Diversificação de Recursos

O ataque ressalta a importância de diversificar fornecedores e recursos para evitar dependências críticas para a equipe de gerenciamento de crises, como por exemplo: capacetes e outros equipamentos de segurança. 

4 – Localização e Redundância

A representação gráfica do local e a redundância de sistemas são cruciais para garantir que um único ponto de falha não paralise o negócio.

5 – Comunicação e Transparência

A comunicação contínua e transparente com funcionários, clientes e partes interessadas é vital para manter a confiança. Não omita dados e tente deixar a comunicação atualizada com a mesma versão para os fatos.

6- Treinamento e Simulações

Realizar simulações de crises, treinar e supervisionar equipes para situações de emergência ajuda na resposta eficaz e rever falhas no plano. Não deixe de realizar treinamentos frequentes.

7- Resiliência Organizacional 

Assim como as cidades e nações se recuperaram, as empresas também podem se tornar mais resilientes aprendendo com crises passadas. A resiliência permite absorver os impactos de turbulências, reagir e se adaptar a elas para sobreviver, como também prosperar após um evento negativo.

8- Segurança Cibernética

O 11 de setembro também trouxe à tona a importância de proteger computadores, redes, aplicações de software e sistemas essenciais de possíveis ameaças em um mundo cada vez mais digital.

9- Colaboração entre Empresas 

Empresas podem colaborar para apoiar mutuamente a continuidade de operações durante e após uma crise. 

10- Gestão de Emergência

Organizar e gerenciar os recursos e responsabilidades de todas as etapas de preparação, resposta e recuperação de uma emergência ou desastre, sempre apoiando os trabalhos realizados em campo. 

11 – Gerenciamento de Crises

Ter um plano de gerenciamento de crises é a peça-chave para identificar como o negócio reagirá a um evento inesperado, incluindo as pessoas envolvidas e as ações que devem ser colocadas em prática com o objetivo de minimizar os danos e restaurar as operações o mais rápido possível.

O ataque de 11 de setembro está em nossas memórias e a lembrança de todas as vidas que foram roubadas nesta tragédia. Daquele dia até hoje, renovamos nosso compromisso em criar um plano de gestão de crise sólido e eficaz, unificando com plano de continuidade de negócio e plano de emergência.